domingo, 25 de outubro de 2009

TESTE: Yamaha MT-03


Texto: Oficina Brasil/Arthur Gomes Rossetti

(06-10-09) - Nesta motocicleta avaliada pelo Oficina Brasil na oficina Gepeto’s Motorcycles, com o auxílio dos técnicos Marcos Pereira dos Santos (o Marcão) e Paulo José de Sousa, notamos que estávamos com um produto completamente diferenciado nas mãos, de características únicas no mercado.

Antes de retirá-la nas dependências da Yamaha, fiquei por alguns instantes analisando cada componente, que além de ter função prática, detém exclusividade no desenho, assim como a fixação. Logo de cara, o item que mais chama a atenção é a posição do braço da suspensão traseira. Aliás, bastava estacioná-la em lugares públicos onde havia concentração de pessoas, que logo era formada uma roda em volta da motocicleta.

Cheguei a ouvir vários comentários do tipo “Mas que moto é essa?” ou também “Que moto doida!”. Comentários a parte, o primeiro balanço desta coleta de opiniões mostrou que o consumidor brasileiro carece de modelos mais sofisticados e diferenciados. No passado tivemos algo parecido, como por exemplo, as Aprilia Motó 650, BMW F650, Suzuki DR800, Cagiva Super City, entre outras que deixaram uma legião de fãs e estão na memória de muitos até hoje.

Impressões:
Ao ligá-la, o ruído do motor aliado a uma leve trepidação do guidão logo denuncia que estamos sobre uma máquina monocilíndrica de alto torque. Se a antiga XT 600 Ténéré fez escola por causa do “enorme caneco”, a MT-03 surpreende com um acréscimo de 60cc em comparação a geração Yamaha de anos atrás.

O painel é simples e moderno, com instrumentação analógica (conta giros) e digital (velocidade, odômetros total e parcial) mais as luzes espia.

Ao engatar a 1ª marcha com o motor ligado surge um “clec” instantâneo, sem delicadeza alguma, deixando claro que o conjunto é robusto. Ao sair, temos a semelhante sensação de conduzir um veículo a diesel, devido o alto torque disponível desde a marcha lenta. É uma moto que não necessita de queimadas na embreagem para que o motor acorde, muito pelo contrário, caso isso seja feito ela responderá com uma bela empinada na saída de um farol por exemplo. Ainda bem que não havia policiais no local...

O que incomodou e em certos momentos, atrapalhou a condução ocasionando certo desconforto no meio do trânsito foi o acerto da injeção eletrônica Magneti Marelli, que permite “buracos” constantes e fez com que o motor “apagasse” em uma reduzida de marcha em plena Avenida movimentada. Questionada, a Yamaha afirmou que o modelo estava devidamente revisada e regulada. Durante os 1.500km de testes, utilizamos a gasolina comum, aditivada, Premium e Podium, no intuito de constatar se havia melhoras, o que ficou confirmado ligeiramente no caso dos dois últimos combustíveis citados.

Em meio ao trânsito pesado da cidade de São Paulo, notamos que o guidão, apesar de permitir boa postura do condutor, poderia ser mais estreito, visto a largura excessiva atrapalhar no momento de transitar em locais com pouco espaço.

Na estrada fica nítida a falta de mais cilindros. É nesta situação que o “caneco solitário” sofre! Atingir a rotação de corte (7.500 rpm) é a coisa mais fácil do mundo, mas se mantido nesta condição por longos quilômetros poderá acarretar danos ao motor.

A maneabilidade e ciclística merecem elogios. Na cidade ela mostra-se incrivelmente ágil, sendo possível acompanhar motocicletas de menor cilindrada sem maiores dificuldades e na estrada então nem se fala. Foi possível encarar até mesmo as superesportivas com mais de 600cc e quatro cilindros nas curvas da estrada que interliga a cidade de Amparo a Serra Negra. Chegando ao destino, outros motociclistas que estavam no mesmo pelotão ficaram curiosos com o desempenho nas curvas e vieram fazer alguns questionamentos. Mais uma vez a suspensão traseira foi o centro das atenções.

Os freios dianteiros mostraram-se eficientes, com precisão sempre que exigidos. O mesmo não pode ser dito do traseiro, que apesar de pertencer a grife Brembo demonstrou funcionamento “borrachudo”, com pouca eficiência.

O banco do garupa apresentou pequenos rasgos na parte de trás. Ao conversar com outros profissionais do mercado, foi informado que este é um problema comum de ocorrer, pois a própria estrutura interna ocasiona atrito nas laterais superiores da superfície quando há um segundo ocupante.

Fonte: WebMotors - Manutenção
Quem tiver uma MT-03 aí, gostaria também de saber suas impressôes. Por favor, comente.

Um comentário:

  1. algue sabe onde posso arranjar um conta km um volante e uma manete de embraiagem e respectivo apoio tudo de origem para uma mt-03?? urgente.

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